Marco Aurélio Martins/Agência A TARDE
Na hora das compras, 34% dos brasileiros dão preferências aos alimentos práticos, revelou estudo feito pela Fiesp/Ibope em nove capitais brasileiras. A pesquisa analisou os critérios utilizados por brasileiros quando vão aos supermercados. Entre as alternativas, estavam praticidade, marca, sabor e valor nutricional – este último indicado por apenas 21% dos consumidores pesquisados.
Alimentos congelados, enlatados, pré-cozidos, ou seja, que demandam pouco tempo ou menos trabalho, foram indicados como os mais cotados na lista de compras. A marca ficou em segundo lugar na escala de importância no momento da escolha, com 23% da preferência.
Para os consumidores, marcas tradicionais inspiram maior confiança e geram fidelidade. Em contrapartida ao esperado, o sabor foi considerado um critério tão relevante quanto o valor nutricional, ambos com 21% das indicações.
Bahia - Ao contrário do que diz a pesquisa, apenas um dos dez baianos ouvidos por A TARDE disseram que preferem praticidade em vez do sabor ou da nutrição. Entre os entrevistados, o valor nutritivo foi apontado como mais relevante na hora das compras.
Em segundo lugar, o sabor foi apontado como fator decisivo na escolha. A TARDE sondou qual é a importância dada à marca do produto, mas apenas duas pessoas disseram que pensam nesse item como critério de escolha.
Acostumada a lidar com cozinha, a confeiteira Rita das Neves declara: “Essas comidas que é só colocar no micro-ondas e estão prontas, eu não gosto. Prefiro cozinhar”. O projetista Dionísio Barbosa, 46, também prefere ir ao supermercado comprar os ingredientes e preparar a própria refeição, porque acredita ser mais nutritivo.
A nutricionista Cleida Prates alerta que os consumidores que valorizam a praticidade em detrimento do valor nutricional do alimento colocam sua saúde em risco, uma vez que esses alimentos contêm conservantes, corantes e um alto teor de sódio.
“A alta adição de sódio pode causar problemas de hipertensão, complicações cardíacas e renais”, ressalta. Para a nutricionista, o surgimento dessas doenças também em crianças está relacionado aos novos hábitos alimentares, adquiridos, na maioria das vezes, pela falta de tempo para preparar o cardápio mais tradicional, com inclusão de alimentos crus e frescos. “Um dos fatores para esse consumo de enlatados e congelados é a grande quantidade de propaganda em torno desses produtos”, ressalta.
Fonte: http://www.atarde.com.br/
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