Enquanto os smartphones ganham em capacidade
de processamento, surge uma nova categoria de
aparelhos criada especialmente para navegar na
internet. Eles são os netfones
Uma nova categoria de celulares chega às lojas neste fim de ano. São aparelhos que podem ser definidos como netfones. Eles desempenham na indústria de telefones móveis papel semelhante ao exercido pelos netbooks entre os fabricantes de computadores: foram especialmente moldados para acessar a internet. Os netfones oferecem acesso direto a redes sociais, como o Facebook e o Orkut, e a programas de mensagens instantâneas, como o MSN. Buscam, portanto, um público jovem, sempre conectado. Mas, ao contrário dos smartphones (os computadores de bolso), não usam conexões rápidas com a internet, como os sistemas de terceira geração (3G) ou a banda larga sem fio (wi-fi) – itens que encarecem o produto. Navegam numa rede conhecida como EDGE, uma evolução da segunda geração, e trazem, pré-instalados, aplicativos (os chamados widgets) de vários sites. Quando acessam esses endereços, nunca baixam o conteúdo completo das páginas, fazem somente atualizações mínimas. Os netfones têm capacidade moderada de navegação – o suficiente para a troca de dados nas comunidades on-line. Por isso, são mais baratos: custam em torno de 500 reais, ante, no mínimo, 1 500 reais dos smartphones.
No Brasil, é alta a aposta dos fabricantes nos netfones. A Motorola, por exemplo, iniciou pelo país o lançamento global de um modelo desse tipo no fim de agosto. Trata-se do quadradinho MotoCubo A45, exposto nesta página. Ele permite que fotos tiradas no aparelho sejam diretamente postadas no Orkut, além de dar acesso, com um simples toque, a sites como o Facebook. A iniciativa da empresa foi embalada pela seguinte constatação: "Os brasileiros lideram o acesso a redes sociais e blogs no mundo", cita um documento da companhia. Aqui, oito em cada dez usuários de internet visitam redes sociais e blogs. Na Alemanha, esse número cai para cinco em dez. A LG também lançou no Brasil seu netfone, o Messenger. Outra coreana, a Samsung, tem duas versões do modelo batizado de Scrapy – uma delas com tela sensível ao toque. Em comum, todos os integrantes dessa nova categoria apresentam teclado, para facilitar a digitação de textos em bate-papos nas redes sociais.
Outro front que avança é o dos smartphones, os telefones móveis com recursos avançados. No ano passado, foram vendidos 155 milhões desses aparelhos em todo o mundo. A expectativa é que o volume dobre em quatro anos. A indústria claramente iniciou uma corrida para elevar a velocidade de processamento de dados dos chips, tecnicamente, medida em megahertz (MHz). Essa evolução resultará na navegação na web com maior velocidade, na exibição de vídeos com melhor qualidade, no aprimoramento da reprodução de áudio e em novas possibilidades de edição de documentos. Os aparelhos, em suma, ganharão potência.
A última geração do iPhone, o 3GS, usa um chip de 600 MHz. O modelo anterior alcançava 412 MHz. Quais as vantagens desse acréscimo? O 3GS tem, por exemplo, o dobro da agilidade ao abrir uma página da internet. A Samsung deu um passo mais longo. Lançou, em julho, o Jet, com processador de 800 MHz. Ele pode acessar cinco páginas da web simultaneamente. Mas essa não foi a bandeirada final. A Toshiba vende, no Japão e na Europa, o modelo TG01, com um processador da Qualcomm de 1 GHz, chamado Snapdragon. A velocidade de processamento não é o único fator para aferir a performance de um chip. Ela depende de outras tecnicidades, como a arquitetura, o número de núcleos e a memória do dispositivo. Mas 1 GHz é a mesma potência de um Pentium III, que, até 2003, equipou os computadores pessoais mais potentes do mercado. Detalhe: essa marca está longe de ser o ponto final na corrida dos processadores nos celulares.
Para saber detalhes dos Netfones e Smartphones acesse a página original desse texto no Veja.com Edição especial de Natal em Tecnologia (clique aqui)
Um comentário:
Desculpa a demora, estou de férias... mas ja coloquei seu banner no meu blog. sucesso pra ti!
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