Lorena Caliman l A Tarde On Line
Cerca de 90 estudantes da Faculdade de Química da Universidade Federal da Bahia (Ufba) saíram, na manhã desta quarta-feira, 10, por volta das 10h, em direção ao Palácio da Reitoria da universidade, carregando faixas e cartazes para reivindicar recursos para a unidade.
Os alunos organizaram o ato devido à demora no repasse de 14 milhões de reais do Ministério da Educação (MEC) para a reconstrução de parte do prédio, que sofreu um incêndio no dia 21 de março do ano passado. Além da reforma e reestruturação da unidade, a verba prevê a construção de um anexo para os cursos de Química e Física.
Eles foram recebidos pelo vice-reitor Francisco Mesquita, no Salão Nobre da Reitoria. Mesquita prometeu resolver o caso numa próxima reunião, marcada para o dia 17, em que estarão presentes o ministro Fernando Haddad, o reitor Naomar de Almeida, o próprio vice-reitor e o diretor da faculdade de Química, Dirceu Martins. Um dos membros do Diretório Acadêmico também deve participar.
Em reunião na semana passada com o reitor Naomar de Almeida, o ministro Fernando Haddad teria ficado surpreso ao ser questionado sobre o atraso no repasse dos recursos, alegando não saber do fato. Esse ato é encarado por alunos como o integrante do Diretório Acadêmico, Heiter Boness, como um sinal de descaso.
A construção de um anexo para atender os cursos de química e física seria essencial, segundo Boness, devido ao aumento na quantidade de alunos nas faculdades após a reestruturação da UFBA, com cursos noturnos e Bacharelados Interdisciplinares.
Além da reforma, reconstrução e construção do prédio, há um projeto paralelo, para a aquisição dos equipamentos necessários aos laboratórios - já que, sem eles, não há aulas práticas. Nesse caso, a responsabilidade de repasse de recursos é do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), cujo ministro, Sérgio Rezende, visitou a faculdade três dias após o incêndio.
Na época, os alunos presenciaram a promessa de doação de recursos, sob a alegação de que não faltaria dinheiro para a aquisição de novos equipamentos. No entanto, esses também não foram liberados até o momento, apesar de já haver o levantamento, realizado pela faculdade, de quais aparelhagens são necessárias.
Fonte: A Tarde On Line
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